O primeiro (re)encontro on-line da Rede de Inovação de Educação Híbrida em 2024 ocorreu na sexta-feira, 19/01, das 15h30 às 17h. Mais de 80 integrantes da RIEH puderam conhecer boas práticas conectadas à Educação Híbrida dos Estados do Tocantins (TO) e do Rio Grande do Norte (RN) e também participar de um debate especial ao final, com a Professora Daniela Lima e mediação da Professora Marielle Azoubel.
O evento foi aberto pela Coordenadora-Geral do Ensino Médio (COGEM) do Ministério da Educação (MEC), Professora Valdirene Alves de Oliveira, e pelo Coordenador-Geral da RIEH, Professor Ibsen Bittencourt.
A representante do MEC afirmou estar com muitas ideias para que a RIEH possa avançar este ano que, para ela, já traz boas perspectivas no horizonte: “Avançamos na parte estrutural, então agora precisamos fazer desses espaços (os Núcleos de Inovação) bons recursos e oportunidades de melhoria de condições para os professores planejarem suas atividades e também para que os estudantes do Ensino Médio, em especial, possam ter melhores oportunidades de aprendizado”.
De acordo com o Professor Ibsen Bittencourt, “o primeiro ano da RIEH (2022) foi de planejamento e 2023 foi ano de implementação dos Núcleos de Inovação, distribuição dos equipamentos e alguns lançamentos. A expectativa é que 2024 seja de muitas inaugurações para que possamos cada vez mais fortalecer essa rede”.
O painel “Conectando boas práticas à Educação Híbrida” foi aberto com a apresentação da RIEH Tocantins sobre o Projeto-piloto para o Novo Ensino Médio via Centro de Mídias (Núcleo de Inovação). O Professor Wellington Fraga, gerente do Centro de Mídias Educacionais do Estado e Coordenador Estadual da RIEH, e a Professora Gabriela Fernanda do Carmo, gerente de Ensino Médio na SEDUC/TO, entraram na EXPO ao vivo, direto do estúdio do Núcleo de Inovação, onde funciona o Centro de Mídias Educacionais do Tocantins. A entrada da dupla surpreendeu os participantes.
Projeto-piloto no TO: o início da jornada
De acordo com o Professor Wellington, desde que a Secretaria assinou o Termo de adesão à RIEH, no final de 2022, imediatamente, iniciaram as obras dos Núcleos de Inovação. O Estado do Tocantins possui dois NIs, um deles já em funcionamento, de onde ocorreu a transmissão on-line, e o outro em fase de conclusão do recebimento de equipamentos. Com a infraestrutura resolvida, foi então contratada a equipe técnica: “a gente conseguiu recrutar profissionais que trabalham há muito tempo na área e esse suporte técnico foi muito importante”.
A Professora Gabriela explicou que o projeto-piloto durou 3 semanas e envolveu 7 escolas. A Unidade Curricular “Projeto de Vida” foi eleita para o piloto, que teve três pontos fortes: planejamento, alinhamento e interação. O Professor Wellington destacou ainda alguns aprendizados durante o processo, que necessitou de um replanejamento para viabilizar a conectividade, realinhamento entre equipes e professores em sala de aula para otimizar o aproveitamento dos equipamentos e a preparação dos professores para organizar a sala e manusear os equipamentos durante as aulas on-line. Agora, a equipe está em fase de finalização da proposta pedagógica e deve seguir com outros pontos importantes do planejamento de implementação da Educação Híbrida.
Protagonismo do aluno levado a sério do RN
O Rio Grande do Norte (RN) foi representado no painel pelo Coordenador de Inovação e de Tecnologias Educacionais da rede, Professor Josenildo Souza, que afirmou que a integração do Estado à RIEH gerou, entre outros benefícios, a criação de uma nova Coordenação de Inovação Tecnológica Educacional subordinada à Secretaria de Estado da Educação do RN. Esta Coordenação tem como objetivo a formação dos professores da rede em inovação tecnológica. Desde que assumiu a Coordenação, o Profº Josenildo passou a visitar vários municípios do Estado para identificar iniciativas já em funcionamento na rede estadual. Uma delas, na cidade de Currais Novos, região Seridó do Estado, é o projeto Rede Potiguar de Televisão Educativa e Cultural (RPTV), coordenado pela professora Ana Margareth Junghans, em que um canal de TV é mantido por dois professores e alunos, que assumem todo o processo, desde a captação de imagens, reportagens, edição dos vídeos e veiculação.
A Professora Margareth, que apresentou o projeto em seguida, explicou que a RPTV trabalha com as frentes de comunicação, educação e cultura, com foco no protagonismo de crianças e adolescentes: “são áreas ‘distintas’, mas que, quando trabalhadas de forma integrada a gente pode ver a transformação na vida desses meninos e meninas, quando eles deixam de ser meros espectadores e se transformam em principais atores do seu próprio desenvolvimento.” O projeto atua em três frentes para as quais oferece oficinas sistemáticas: formação, produção e difusão. Além disso, os alunos participam do planejamento e coordenam ações de incentivo à leitura como contação de histórias, rodas de conversas, exibição e debates sobre filmes, entre outras, que também são transformadas em conteúdo audiovisual e programação para veiculação na TV.
A Coordenadora de implementação da RIEH, Alessandra Debone, ressalta a importância dos Estados basearem essas experiências práticas na própria perspectiva da Educação Híbrida, que "traz as premissas de planejamento, alinhamento com o currículo e flexibilidade do estudante".
Ao assistir às apresentações, a Professora Daniela Lima, pedagoga e pós-doutora em Educação, destacou a importância destas iniciativas: “É muito importante porque nos motiva a ir pensando e ampliando o nosso espectro de possibilidades de desenvolvimento na rede. Quando trabalhamos com recursos tecnológicos e online, com os núcleos, que são os laboratórios, [para os alunos] isso não fica só em casa, não fica só na escola, isso fica num continuum de desenvolvimento e os estudantes podem ir absorvendo no seu ritmo, no ritmo da proposta e no ritmo do que está sendo desenvolvido.”
A Professora Marielle Azoubel, pedagoga especializada em Tecnologia da Educação e Gestão da Informação e Doutoranda em Educação, mediou o chat on-line consolidando as perguntas dos participantes e levando-as para a Professora Daniela. Após estas interações, a Professora Marielle comentou ainda que a prática apresentada pelo Rio Grande do Norte é um bom exemplo de como podemos ampliar o espaço-tempo de aprendizagem por meio da tecnologia: “como é que a gente faz para ampliar esse olhar de sala de aula, para que o estudante saia da escola e consiga desenvolver essa aprendizagem, essas habilidades e competências fora do espaço escolar? Eles são protagonistas, então o híbrido é isso: tem muito planejamento que o docente faz que o aluno tem que participar”.
Encontro com a especialista
Ao final do evento, a Consultora de implementação da RIEH que facilitou todo o evento, Júlia Rosa, anunciou uma nova iniciativa da RIEH: o Encontro com a Especialista. O Encontro ocorrerá durante os meses de fevereiro e março sendo organizado em 6 sessões síncronas na qual a Professora Daniela Lima fará uma espécie de mentoria com 4 Estados por sessão.
Veja aqui o calendário dos Encontros:
Texto: Assessoria de Comunicação da RIEH
Comentários
Wellington Fraga
Enviado há 9 meses, 3 semanas