Com mais de 140 participantes, a 2ª Expo Presencial da Rede de Inovação para Educação Híbrida (RIEH) e o 1º Encontro Presencial da Rede de Apoio à Implementação da Política Nacional de Ensino Médio nos Territórios (REM) marcaram um novo patamar no planejamento e na implementação da educação híbrida no Ensino Médio brasileiro. Os encontros, que ocorreram de forma integrada, reuniram nos dias 15, 16 e 17 de outubro representantes das secretarias de educação das 27 unidades federativas no Observatório da RIEH, em Maceió (AL).

Uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais da Universidade Federal de Alagoas (NEES/UFAL), a Rede de Inovação para Educação Híbrida (RIEH) é apoiadora do Pacto Nacional pela Recomposição das Aprendizagens (Decreto nº 12.391, de 28 de fevereiro de 2025) e integra a PNAEM - Política Nacional do Ensino Médio (Lei nº 14.945, de 31 de julho de 2024), que busca tornar a educação mais relevante e atrativa para os jovens, bem como reduzir a evasão escolar. Voltada à implementação tecnológica, conceitual e didático-pedagógica do modelo de educação híbrida no Brasil, ela leva em conta as particularidades de cada região em que se faz presente.

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Na abertura do evento, o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica do Ministério da Educação (DPDI/MEC), Alexsandro do Nascimento Santos, destacou a relevância da parceria com o NEES. “Fazer uma parceria com esse nível de qualidade e inovação só é possível porque a universidade pública é um patrimônio brasileiro”, disse. “E a RIEH coloca as tecnologias no lugar certo: não como substitutas da docência, que é um produto das interações humanas, mas como ferramentas que asseguram o direito a uma educação com as múltiplas possibilidades que o digital permite”, acrescentou.

A coordenadora-geral de Ensino Médio do MEC, Valdirene Alves de Oliveira, falou sobre o compromisso da parceria com as juventudes e a escola pública. “Contar com a presença de representantes das 27 unidades federativas neste evento tem uma importância singular porque isso representa a conjunção dos esforços do MEC com as secretarias de educação. Juntos somos a Política Nacional do Ensino Médio”, destacou. “O que estamos fazendo aqui é pensar o ensino médio e sua política, junto com a formação dos professores. É algo histórico! O MEC conta muito com essa rede que está mobilizando o ensino médio no país todo para melhorar a formação dos professores”, completou a coordenadora-geral de Formação de Professores do MEC, Lucianna Magri.

O diretor executivo do NEES, Edmilson Fialho, relembrou o processo de construção do Observatório da RIEH, destacando-o como a concretização de um sonho. “É muito gratificante estar aqui e ver que o prédio incorpora na prática o propósito do NEES: desenvolver tecnologias sociais que causam impacto na educação, tanto na RIEH quanto nos nossos outros projetos”, afirmou.

Representando o reitor Josealdo Tonholo, o coordenador de Educação à Distância (CIED) da UFAL, Fernando Pimentel, convidou os representantes da RIEH e da REM a pensarem na educação como uma rede que se retroalimenta. Ao que o coordenador-geral da RIEH, Ibsen Mateus Bittencourt, acrescentou a questão do respeito à diversidade. “Este prédio já foi pensado a partir dos parâmetros de acessibilidade. No entanto, a nossa meta é que ele seja totalmente acessível, e já estamos fazendo isso”, revelou.

Navegando por caminhos híbridos

Combinando recursos lúdicos e dinâmicas integradoras, a atividade de boas-vindas à Expo demonstrou como o analógico e o digital, quando bem integrados, fomentam as relações humanas. Os participantes foram incentivados a, literalmente, trocarem figurinhas com seus pares de outras unidades federativas. Coladas no álbum distribuído com o material do evento, as figurinhas ganhavam vida com o uso de um recurso de realidade aumentada integrado a totens estrategicamente posicionados. Além disso, também puderam “navegar” entre as atividades desenvolvidas pela RIEH em cada estado, detalhadas em banners distribuídos pelo espaço.

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Programação

A programação do primeiro dia incluiu a mesa-redonda “Direito à educação e perspectivas contemporâneas da educação híbrida para o futuro das juventudes do Ensino Médio brasileiro”, com os professores António Moreira (UAb Portugal) e Luiz Fernandes Dourado (UFG/ANPAE); o lançamento de dois e-books e a entrega simbólica de certificados do curso “Educação Híbrida para Docentes: da Compreensão à Prática Pedagógica” e da especialização em “Gestão de Políticas Públicas de Educação Híbrida”.

No segundo dia do evento, foram realizadas oito oficinas práticas, focadas na implementação e monitoramento da nova Política Nacional de Ensino Médio (PNAEM), utilizando a Rede de Inovação para Educação Híbrida (RIEH) como ferramenta essencial para promover a inovação curricular e a equidade das aprendizagens.

A programação se encerrou em 17 de outubro com a realização do fórum “Interações e cenários para a RIEH e REM”, com participação ativa dos representantes da RIEH e da REM nos territórios, e da mesa-redonda “Panorama e perspectivas para a PNAEM e a RIEH no contexto da implementação, monitoramento e ações de formação continuada”, com Rita Esther Ferreira de Luna, diretora de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação (DIFOR/MEC); Valdirene Alves de Oliveira, coordenadora-geral de Ensino Médio (COGEM/MEC); Ibsen Mateus Bittencourt, professor da UFAL e coordenador-geral da RIEH; e Daniela da Costa Britto Pereira Lima, professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e consultora pedagógica da RIEH. A mediação foi realizada pelo professor Luiz Fernandes Dourado, presidente da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE), membro do Conselho Superior da CAPES e do Fórum Nacional de Educação (FNE).